Transformações empresariais e isolamento social
22/04/2020 2021-03-01 18:46Transformações empresariais e isolamento social
Transformações empresariais e isolamento social
No finalzinho do ano passado, o 55Lab criou uma unidade de negócios nova. Era algo já previsto mas que, obviamente, foi acelerado por esse processo de resposta à pandemia do coronavírus. Nós também experimentamos as transformações empresariais consequentes do isolamento social! Segue comigo para descobrir os detalhes dessa transformação.

Para quem não sabe, nosso grupo nasceu questionando modelos e relações de trabalho. Há pouco mais de sete anos, criamos um coworking focado no mercado jurídico – o 4Legal. Em pouco tempo, tivemos que mudar o modelo de negócios e passamos a atender empresas de diferentes portes e segmentos. Em seguida (menos de 9 meses) fazíamos parte de uma comunidade com multinacionais e profissionais que estavam começando a transição de carreira.
Não paramos por ali. Nesse meio tempo, criamos uma pré-aceleradora: o Acelere.me e um hub de empreendedorismo em parceria com a Perestroika: O Pavilhão. No terceiro ano, resolvemos criar uma anti-cafeteiria que apelidamos de Kickoffee e dois novos coworkings; ACasa e Nework. Simultaneamente, o próprio 55Lab já rodava como uma consultoria empresarial.
Mas, foi quando percebemos que não precisávamos de um espaço físico para trabalhar que tudo mudou de verdade. Pensa comigo: a semana de trabalho (como conhecemos por padrão), tem 5 dias. Nós tínhamos 6 espaços físicos e um que funcionava em qualquer lugar. Ou seja, não era possível passar nem um dia completo da semana em cada um. Em 2018 ficou muito claro que não precisávamos ter um único lugar para trabalhar. Por fim, começamos a questionar e pesquisar como essa situação poderia fazer sentido para outros profissionais.
Resultado e não meio: transformações empresariais
Estamos conectados o tempo todo! Ou seja, produzimos de qualquer lugar. Como resultado, em alguns casos, já não faz sentido manter uma sala ou respeitar a fidelidade de um contrato de aluguel. Assim como em outros, talvez não faça mais sentido ter uma estação permanente de trabalho com esse comportamento super tecnológico e avançado de hoje em dia.
Acima de tudo, é importante lembrar aqui que as transformações digitais são consequências, resultados de ações implementadas de forma estruturada e condicionada. Dessa forma, ela não são o fim, e sim o meio.
E como a gente implementou a lógica do trabalho remoto antes mesmo dessa pandemia? Na verdade, foi simples porque foi gradual. Como não era possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, criamos uma cultura que fugia do microgerenciamento e tinha pontos de contato semanais para alinhamento de expectativas e entregas.
Trabalho remoto: menos isolamento social e mais transformação empresarial
Essa mudança já estava acontecendo e, agora, foi intensificada. Estar em um ambiente onde existem pessoas de outros mercados, de outros segmentos e com especialidades diferentes da sua, permite que você tenha trocas muito significativas. Acima de tudo, porque nossa vida não é mais dividida em blocos. Então, a questão não é sobre espaço, mas, sim, sobre a forma de cultura, trabalho e relacionamento.
Mas a gente também sabe que o isolamento causado pelo home office poderia ser muito prejudicial para a produtividade e entrosamento do time. Por isso, criamos uma lógica de “revezamento” para que todos do nosso time (terceirizados ou parceiros) pudessem conviver com a rede como um todo. E a realização das reuniões periódicas de ponto de controle em espaços de trabalho diferentes contribuiu muito para que a transição fosse ainda mais tranquila.
Em resumo: já tínhamos estruturado o produto, que é o 55Lab Club: um clube de empresários, empreendedores e, principalmente, de profissionais. Gente que trabalha e compartilha da lógica da cultura co. Ou seja, começaram (ou pretendem) a incorporar transparência, empatia e colaboração no dia a dia de produção.
Trabalho em rede: um processo sem volta
Necessidade de trabalhar em rede, assumir o “core” do seu negócio, terceirizar e cortar qualquer ação que não esteja 100% conectada com seus valores e entrega. Isso é o que vamos encontrar quando sairmos do isolamento e para voltar a produzir “como antes”.
Só que também precisamos lembrar da redução significativa de receita de todo mundo. Então, também não faz sentido você investir R$ 500, R$ 1.000, R$ 5.000 para ter uma sala em um coworking se esse custo vai afetar a saúde financeira ou sustentabilidade do seu negócio. Assim como também não faz sentido manter um espaço físico fixo e exclusivo, com todos os custos financeiros e operacionais da manutenção se não for 100% necessário para a saúde do negócio.
Pensando nisso e ao passo que vivemos pessoalmente nos últimos 2 anos de forma mais intensa, configuramos uma alternativa que entrega algumas facilidades.
1) Networking
Participar de uma rede de profissionais que estão na mesma vibe, no mesmo momento de produção e reinvenção. É um ambiente seguro para praticar a transparência e estar aberto aos novos desafios e oportunidades.
2) Cooperação, colaboração e co-criação
Sabemos que esse processo de não poder encontrar pessoalmente com o outro vai acabar e tomara que seja rápido. A lógica instaurada do happy hour mensal é que seja um momento de descontração, descompressão e diversão. Porque isso é o que gera um ambiente que permite a transparência e empatia, fazendo com que essa conexão se transforme em relacionamento.
3) Infraestutura física e virtual
Mesmo que você não precise ter um local próprio ou exclusivo, a gente sabe a importância de ter um porto seguro. Por isso, os participantes do clube podem contar com o escritório do 55Lab sem aquela preocupação com horas ou dias utilizados: tanto para ser um apoio para trabalhar como para registrar e regularizar o CNPJ de empresas que já adotaram o modelo remoto.
4) Acompanhamento e capacitação
Falar sobre planejamento estratégico e transformação digital é muito fácil. A gente sabe que o difícil é colocar em prática e manter a consistência. Por isso, os membros do clube tem acesso ao Tapa na Cara – nosso programa de transformação de relação com o trabalho e encontros mensais de mentoria e acompanhamento.
Se você se identificou com algum desses pontos e acha que se encaixa no perfil, se inscreva AQUI.
Nos vemos no próximo texto!
Até lá.
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Sobre a autora
Juliana Guimarães é paulistana de coração e brasiliense de carteirinha, participou ativamente do processo de aceleração do movimento empreendedor no nosso quadradinho. Especialista em transformar ideias em negócios viáveis, é co-fundadora do 55Lab.co, o qual nasceu como 4Legal, o primeiro coworking de Brasília, responsável pela tração do ecossistema empreendedor na região.
Além disso, contribui para o artigo: Suênia Dantas.
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